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Colunista
MÃE MANU | dirigente de umbanda
Mãe Manu da Oxum é Bisneta de Pai Nelson que morava no Bairro Boa Esperança e trabalhava com Preto Velho Pai Tomé. Neta espiritual de Mãe Ivonete do Ogum (desencarnada), nordestina, trabalhava nos fundos de sua casa e era costureira. Seus Guias chefes eram o Velho Rei do Congo, Caboclo 7 Flexas, Cigana Carmencita e Cigano Wladimir.
Dona Ivonete só tocava para Exus na Rua, e vejam como é o destino: o Bairro que era tocada a Gira era no final da Praia da Brisa, junto ao Manguezal, e é claro que essa lembrança faz parte das memórias afetivas de Mãe Manu da Oxum, pois aos 7 anos saiu do Bairro de Campo Grande com seus pais e foi morar em Praia da Brisa.
Mãe Célia de Oya é Mãe de Santo de Mãe Manu da Oxum. Mãe Célia é filha de Alzira da Oxum, outra espírita que sabia de sua missão de dirigir uma casa espírita mas não abriu sua casa. A linha da mãe Carnal de Mãe Célia era kardesista com manifestações dos Guias de Umbanda, era rezadeira e trabalhava com Vovó Maria Conga. O pai Carnal de Mãe Célia construiu uma pequena Igreja de São Sebastião, na Ilha de Guaratiba, no caminho dos mudos e surdos, sendo ele, filho de escravos, essa foi a missão que recebeu para poder residir em um galinheiro por anos com D Alzira e sua filha mas velha. Claro que a fé nunca se apartou dessa família e graças a fé no sagrado quando Mãe Célia nasceu a casa de seus pais já não era mas nesse local.
Mãe Célia de Oya desde pequena foi cercada pela Espiritualidade. Criada com os conselhos dos guias, com Vovó Rita e Caboclo Flexeiro ( o mesmo que consagrou Mae Manu Sacerdotisa) e fez seus fortalecimentos e rituais de Umbanda, tendo em 1995 sua consagração Sacerdotal e como já falamos, não abriu sua própria casa por razões pessoais e familiares. Tendo como Ciganos do Oriente Cigana Matra e Cigano Pablo.
Mãe Manu da Oxum incorporou aos 19 anos pela primeira vez uma Pomba Gira da Figueira, e com isso, passou a apresentar um desequilíbrio energético sobre sua mediunidade. Mãe Manu fez sua primeira camarinha, na Cachoeira do Rio da Prata, em uma obrigação de misericórdia pelas razões já mencionadas.
Todos os anos eram dadas as satisfações aos Orixás, sempre em dezembro para agradecer e fortalecer o Ori diante da Espiritualidade. Com toda ritualistica e resguardos levados a sério.
Mãe Célia de Oya, nunca despertou a vontade de ter filhos de Santo, por perceber o quanto essa missão era árdua e algumas vezes dolorosa.
Seu marido também não era da religião o que acabava sendo também uma questão a se respeitar e aguardar das entidades qual seria o destino.
Mãe Célia conheceu os Pais de Mãe Manu antes mesmo de Mãe Manu nascer, e assim seguiu a amizade de Mãe Célia de Oya e da Yalorixa Zezé do Ogum.
Os anos se passaram e por muito tempo Mãe Manu da Oxum era levada para as casas de Candomblé pois sua mãe carnal acreditava que ela iria bolar no Santo e precisaria seguir no Candomblé. Com todo carinho e respeito, esse não era o destino de Mãe Manu da Oxum.
Por alguns jogos, era dito que Mãe Manu não poderia ser raspada. Havia também, a orientação de Mãe Célia de Oya. Ela dizia para que nunca deixassem que colocassem a mão no Ori de Mãe Manu, pois ela tinha certeza que Oxum só responderia na Umbanda, e mesmo assim, a Mãe Carnal de Mãe Manu não se convencia que sua filha era realmente alguém que deveria seguir a UMBANDA.
O tempo passou e em 2011 Mãe Manu abriu O TUTPC.