Por: Jefferson Arouche
✅ 15/12/2024 | 19:35
Em 26 de fevereiro de 1885 a Conferência de Berlim ratificava a 2ª fase da exploração do Continente Africano pelos europeus. Otto Von Bismarck, chanceler alemão - aliás, o modelo de saúde estadunidense leva o nome dele -, liderou o processo imperialista mais conhecido como neocolonialismo, baseado no "protetorado", expressão mentirosa que marcou o fracionamento da África.
Ao mesmo tempo acontecia a "Bela Época" na Europa, marcada por grandes descobertas em todas as áreas acadêmicas. O bacilo de Koch, causador da Tuberculose foi exposto nesse período, e o Impressionismo nas artes plásticas, sob a batuta de Monet e Picasso. Fato, que ao mesmo tempo no Brasil, país onde o ensino de História chegou apenas em 1884 na 6ª série, os negros estavam criando o "chorinho" e o "partido alto" nas ruas próximas à Praça Onze de Junho, com instrumentos improvisados e batendo palmas cadenciadas.
É conhecido que os "brancos" fizeram o caminho da apropriação das vertentes culturais africanas, como por exemplo; no antigo Reino Buganda, os mestres do Cinzel já faziam maravilhosas esculturas com ferro e porcelana e comercializavam com o mundo inteiro, ainda no início do século XV. Toda essa enorme gama de conhecimento "roubado" da cultura Afro-brasileira ainda é pouco divulgado nesse triste país brasileiro, lotado de heróis de mentira marcados na História.
Jefferson Arouche
Jefferson Arouche é graduado em Segurança Pública, Doutor H.C Febraica/OCB, Líder Cidades RenovaBR, e Coordenador Intra e Inter-religioso do Afro-Movimente. [+ informações de Jefferson Arouche]
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