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A propaganda da demanda

  • Foto do escritor: WR Express
    WR Express
  • 12 de fev.
  • 3 min de leitura

Por: Pai Ortiz Belo



✅ 12/02/2025 | 15:11


Hoje estamos passando por um processo no mundo sobre questões de religião que merece a nossa atenção. A crescente dos desigrejados, inspira o povo de santo em seguir pelo mesmo

raciocínio, os impactos estão aí nos dias atuais. Com esta situação encontramos

aproveitadores que observam nestes que não pertencem ao grupo de frequentadores de

terreiros, o alvo perfeito para oferecer seus serviços. Entendemos que somos povos de tradição, seguimos nossos preceitos dentro de nossas águas de nascimento, somos preparados pelos mais velhos, seguindo o que era até então o natural. Este caminho natural passa por

disciplina e regras, situações aos quais, principalmente os jovens não querem se submeter.



Diante do crescimento de informações na internet, muitos pensam que a figura do zelador ficou obsoleta, que é só procurar no Google que tudo está respondido. Assim é o mundo atual,

informações disponíveis que basta o médium se conectar à rede, que ele incorpora o atual sacerdote de uma nova umbanda com valores invertidos. Nem toda informação dada como

receita serve para a finalidade que se destina, tem muita coisa boa sim, porém, mesmo as boas informações passam pelo que chamo de mão de quem recebeu antes. Mediunicamente

falando, vibrações, energias e magnetismos, só podem ser trabalhadas dentro de preparos

específicos presencialmente, que dotará o principiante de fatores que só podem ser abertos em iniciações. Como costumo dizer, só dou o que tenho, se recebi de minha mãe de santo e de meu avô de santo preparos no ori, logo tenho algo para repassar aos meus filhos de santo.


Estou citando sobre mediunidade e espiritualidade, ter informações de receitas como fazer, não condiciona este “médium” ter preparo! Desta forma existe muitos que se dizem

“sacerdotes”, mas só receberem informações em sala de aula, em cursinhos de final de

semana ou pior, pela internet. O zelador (a) tem sabedoria, tem ciência e está ligado a uma

raiz de fato, não se trata de um apanhado de informações, se trata de conhecimento adquirido ao longo de anos de preparo. Ai que está o problema, são poucos que estão nesta linha, da disposição de ficar por anos se preparando, galgando cada degrau, hoje é tudo automático.


Com este fato evidente e crescente vem o título deste texto, tudo passa a ser crescente no lado pior da desinformação, portanto a figura de exu vem distorcidamente tomando espaço.

Tudo na cabeça dos “médiuns googles” está atrelado a inimigos e demandas, exaltam o pior nas redes sociais, socializam uma umbanda que desconheço.


Como é que se sustentam estes oportunistas, os preguiçosos e aqueles que o ego está acima

de tudo, através de mostrar em vídeos bem elaborados e imagens que cativam uma realidade fora do contexto. Os ataques espirituais e as demandas são a narrativa principal, aonde os

inimigos devem ser destruídos e perseguidos por um agente espiritual que eles criaram, pois, exu em momento algum está a serviço de tais iniciativas destrutivas. Estes médiuns desta

nova realidade eletrônica virtual possuem milhares de seguidores, o apelo visual e a linguagem pouco inteligente, cativa uma parcela da sociedade que, não tem o habito de leitura e uma realidade, existe preguiça.


Expondo esta realidade quais seriam as soluções, os verdadeiros, que buscam fazer o correto, precisam unir forças para combater as fake News, criando em seus terreiros a linguagem de expor o que está acontecendo e assim combater. Mas o meu olhar é que, se continuar esta onda crescente, em breve seremos os errados, por que as mentiras e facilidades contadas continuamente e com muitos seguidores, faz com que eles se tornem certos e nós os errados.


Que os nossos Orixás possam impedir este crescimento negativo e que exu proteja o que é correto!



Babalorixá Fabio ti Odé - AxéNews

Pai Ortiz Belo

Escritor umbandista e espiritualista. Dirigente espiritual do Templo Portais de Umbanda desde 1997. Nasceu em berço religioso de Umbanda, consagrado pai pequeno aos 19 anos e dirigente aos 26. Filho de pai Xangô e mãe Oxum, sempre procurou fazer pela religião desde jovem, participando de momentos valiosos para a Umbanda. [+ informações do Pai Ortiz Belo]


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Artigo de Opinião: texto em que o(a) autor(a) apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretações de fatos, dados e vivências. ** Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do AxéNews.


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