Por: Marcela omó Ogum
30/01/2024 | 19:30
Algumas pessoas criticam meu sistema de liderar e dizem: "A mãe é braba! Ou, "pedido da mãe é uma ordem"... Já ouvia até falar que sou ditadora...rs!
Sim! Se para organizar, eu precise ganhar essa fama, não tem problema! Rs
Sou assim em casa, sou assim nos meus negócios, sou assim com meus filhos carnais e onde eu for a líder, vou em busca de organização e disciplina, como legítima filha de Ogum!
Acredito que regra é regra, e servem para todos! Raríssimas são as exceções e quando houver, os motivos devam ser justos e principalmente, reais e sinceros.
Acredito também que toda Casa de axé que tem regras, enriquece e fortalece a religião, quando estão compatíveis com os valores que a religião ensina.
Seja numa Casa de Umbanda, seja num Ilê de Candomblé, num igbé de Ifá, num Centro Espírita, numa Igreja... Ou seja na nossa própria casa ou até em nosso emprego, inclusive.
Regras educam a alma, ensinam pessoas dentro da sociedade e limitam nossos defeitos de personalidade, de vaidade e outros valores importantes para vivermos em conjunto e em harmonia.
Quando se entende que a disciplina é para todos os aspectos da nossa vida, o impacto de seguir regras é menor! E veja que não falo de liberdade, falo de regras. E regras existem em todos os ambientes. Entender isso faz parte de algo maior...
Ter um ambiente com hierarquia é importante para uma boa condução de um terreiro. Tudo na vida é segmentado...
E é a cultura que vem dos mais velhos, que limitada os mais novatos. Os mais velhos devem sempre estar atentos porque são vistos como exemplos, e esses exemplos devem ser os mais positivos.
Casa de Caridade não é clubinho, boteco, shopping e nem lugar de fofoca!
Umbanda é irmandade e acima de tudo, humildade. Não é a tia que buscamos grupo para convivermos!
A regra dentro de uma Casa de santo traz respeito, limites e nos mostra como se comportar diante do Orixás e dia Guias de forma desarmada e respeitosa.
Porque não há como você respeitá-los, se na vida não respeita ninguém, não é mesmo?!
Pouco me importa a posição social, a cor, a opção sexual daquele filho... Todos devem estar voltados para o propósito maior que é a prestação da caridade, unidos e vestindo a camisa que leva sempre algum brasão ou emblema que representa ali, os desígnos da ética da Umbanda. Além, é claro, do dever de honrar a Casa que te acolhe, te orienta e te instrui.
Com regras fixadas e respeitadas, fica até mais fácil amar.....ser mais feliz, ter uma mente mais equilibrada porque todos gostam de lugar organizado. Ambiente organizado, mente organizada!
Lugar de Paz, reina a gratidão!
E onde reina a gratidão, reina a tranquilidade e a certeza!
Jamais saia falando mal da Casa que um que você desejou entrar, esteve apaixonado, elogiava e hoje não admira mais... Lembre-se que ali foi um chão que você pisou e o Universo ouviu e armazenou isso!
Sejam gratos, mesmo com toda a chatice que o seu Sacerdote por ter...lembre-se que a busca dele é sempre para o melhor do coletivo.
Cada indivíduo que por ali passou, carrega um pouco dela e a representa.
Não é só o filho que escolhe a Casa. A Casa também escolhe o filho e só permanece quem for do merecimento almejado pela espiritualidade para que tenhas ensinamentos.
E falo para ambos... Sacerdotes e filhos de santo...
Enquanto houver amor, dedicação e entrega nos sentimentos aos Humanos para com a Casa e Espiritualidade, as bençãos enxergarão você onde estiver.
Mas jamais se esqueça: Casa séria, não atrai médiuns desorganizados.
Casa desorganizada, não atrai médiuns sérios!
Somos movidos por AFINIDADE!
Sejam Luz, meus amores!
Irradiem Luz...
Beijos da Mãe, Povo lindo!
Marcela omó Ogum
Médium, estudiosa e pesquisadora da religião de Umbanda desde 2002. Sacerdotisa da Casa de Jurema desde a sua fundação, em 2018, Apètèbí de Ifá e Oraculista de Cartas. Filha de Ogum com Iansã. Formada em Marketing e Administração pela faculdade Unicarioca do Rio de Janeiro, é empreendedora em ramos variados. [+ informações de Marcela omó Ogum]
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