Por: Paulo Mendonça de Xangô
📆 01/10/2023 | 17:44
Sem fazer julgamento de ninguém e nem tão pouco me isentando da possibilidade de pegar o caminho da vaidade, como sendo o principal combustível para a atuação no ativismo, e aqui destaco o dedicado a nossa causa de POTMA – Povos Tradicionais de Matriz Africana.
"Servir ao coletivo" é uma expressão que significa trabalhar ou agir em benefício do grupo ou da comunidade em vez de apenas em benefício próprio. Isso implica em considerar o bem-estar e os interesses de um grupo maior de pessoas em vez de se concentrar apenas em objetivos individuais. Servir ao coletivo geralmente envolve ações que contribuem para o bem comum e a melhoria da sociedade como um todo.
Essa ideia está relacionada a valores como solidariedade, responsabilidade social e cidadania ativa. Muitas vezes, é promovida como uma abordagem ética e moral que busca o equilíbrio entre o interesse pessoal e o bem-estar coletivo.
Exemplos de servir ao coletivo incluem:
- Trabalho voluntário em organizações sem fins lucrativos.
- Participação em projetos de responsabilidade social corporativa.
- Apoio a causas sociais, como a igualdade de gênero, direitos humanos, educação e meio ambiente.
- Políticas públicas que visam melhorar a qualidade de vida da população em geral.
- Ações individuais ou coletivas que promovem a inclusão e a justiça social.
- Servir ao coletivo é uma filosofia que muitas pessoas adotam para fazer do mundo um lugar melhor e mais justo, reconhecendo que, ao contribuir para o bem-estar de todos, cada indivíduo também se beneficia.
Vaidade: equilíbrio e compatibilidade.
Vaidade é um termo que geralmente se refere ao excesso de orgulho ou preocupação com a aparência física, habilidades, conquistas ou estatuo social. É a busca exagerada pela proteção e aprovação dos outros, muitas vezes à custa de valores mais profundos, como empatia e humildade.
Embora a vaidade possa ser vista como um traço negativo, também é importante reconhecer que um certo grau de cuidado com a aparência e a busca pelo sucesso pessoal podem ser saudáveis. O problema surge quando a vaidade se torna uma obsessão, levando as pessoas a negligenciarem outros aspectos importantes de suas vidas, como relacionamentos saudáveis, integridade pessoal e bem-estar emocional.
A vaidade pode levar as pessoas a buscarem constantemente a validação externa, baseando sua autoestima e senso de valor nas opiniões dos outros. Isso pode criar uma dependência emocional e emocional, já que a opinião das pessoas está sempre mudando.
É importante cultivar um equilíbrio saudável entre cuidar de si mesmo e conferir outras qualidades além da aparência externa. A valorização de características como generosidade, empatia, habilidades e talentos genuínos pode proporcionar uma sensação de satisfação mais duradoura e uma visão mais completa do eu.
O “contágio social”, um fenômeno profundamente misterioso que poderá modificar tudo já pensado sobre o comportamento humano, está sendo estudado pela sociologia.
O conflito entre quem somos e quem queremos ser encontra-se no âmago da luta humana. A dualidade, na verdade, está no centro da experiência humana. A vida e à morte, o bem e o mal, a esperança é a resignação coexistem em todas as pessoas e manifestam sua força em todas as facetas da vida.
Se sabemos o que é coragem, é porque também experimentamos o medo; se podemos reconhecer a honestidade, é porque já encontramos a falsidade. No entanto, a maioria de nós nega ou ignora nossa natureza dualista.
Quando as pessoas despertam do mau comportamento, parecem desnorteadas e confusas. Portanto, embora a vaidade possa ter seu lugar, não deve ser o principal combustível para as ações e decisões de uma pessoa. Em vez disso, é importante cultivar uma mentalidade mais abrangente, que valorize a referência, a conexão humana e a contribuição para o bem-estar coletivo.
Precisamos nos policiar diariamente e em cada movimento, mobilização e promoção, com o respeito necessário ao próximo, inclusive usando o espírito de irmandade que é comum nos ensinamentos transmitidos por nossos ancestrais dentro de nosso princípio de religiosidade de matriz africana. Não podemos permitir que a vaidade justifique ações e promoções de desrespeito a nossas tradições e a todas e todos que dedicam seu tempo, energia e saberes, no servir ao coletivo.
Seguimos na busca pelo equilíbrio, força e coragem para continuar a realizar em prol da preservação, promoção e realizações culturais e de povos tradicionais de terreiros.
Gratidão a cada irmã e irmão que estão na luta!
Saudações tradicionais.
Paulo Mendonça de Xangô
Publicitário, jornalista, Babalorixá na nação Nagô, sacerdote na Umbanda de Encantaria Cigana do Oriente e Jurema Sagrada, ativista de mídia, social, cultura, comunitário e de matriz africana. [+ informações de Paulo Mendonça de Xangô]
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