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Carnaval, Mitos e Verdades

Por: Glauco Garcia

06/02/2024 | 15:54


*** A beleza da Umbanda está na imensa variedade de doutrinas e trabalhos espirituais, na dúvida quanto a nossa opinião, converse com seus Dirigentes e sigam o que for o entendimento de sua casa espiritual***


Você sabe o que significa Carnaval? Na Literatura Espirita, aprendemos através do Doutor Bezerra de Menezes que o Verbete Carnaval nada mais é que uma abreviação de Carne Nada Vale, e que a origem do Carnaval se vem dos primórdios da civilização, dos povos antigos que se entregavam aos prazeres coletivos, nas festas Romanas, chamadas Saturnálias, onde inclusive se sacrificava uma vida humana, e nas Bacanálias, Na Grécia Antiga, quando se era homenageado o Deus Dioniso... A Primeira, em homenagem ao Deus Saturno, onde se predominava a Orgia e na segunda, Bacanália, ou Bacanal, em honra ao Deus Baco: Deus do Vinho.



Estamos falando de um tempo muito anterior, não é mesmo? Graças a Oxalá, a humanidade progrediu e consegue brincar como é lícito e saudável, Hoje em dia as festas carnavalescas já não envolvem os excessos do consumo de Álcool e outras drogas e nem promiscuidade sexual... Será mesmo?


Guardem bem essas palavras do Apostolo Paulo pois voltaremos a ela como conclusão da nossa conversa: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.


Como Umbandistas, sabemos muito bem da influência que os espíritos empregam nas nossas vidas, muitas das vezes, confundimos nossas ideias com as deles. Ainda assim, somos donos de nossos corpos e mentes, se atraímos para nós coisas ruins é porque estamos com pensamentos dessa mesma faixa vibratória ou pela invigilância.


Por culpa da Psicosfera criada no período do Carnaval, verdadeiras falanges de espíritos trevosos chegam à crosta terrestre, estima-se que em média haja 3 desencarnados para cada encarnado buscando conectarem-se com aqueles que vibram das mesmas intenções.


No entanto, sabemos que nunca estamos sós, Zambi sempre busca o equilíbrio, sempre preza pelo nosso livre arbítrio e por conta disso, contamos com a força de Bombogira, Exu e com a Maladragem. Durante o período de Carnaval são também criados diversos ambulatórios espirituais liderados por nossos pretos-velhos, caboclos, Ibejadas e demais médicos e curadores do astral, para atendimento dos irmãos encarnados e desencarnados que se deixam tombar durante este período em que uma boa parte da sociedade brasileira regride mais de 2000 anos... se atraímos para nós o que vibramos, que principalmente no carnaval vibremos coisas formosas, positivas e lá estarão nossos guardiões e uma multidão de benfeitores espirituais para nos proteger das energias nocivas. Não custa lembrar que no final das contas a responsabilidade é toda nossa, patuá nenhum vai te salvar do seu desajuste de conduta...


E o que vem depois? Trago a sabedoria de Emmanuel , na psicografia de Chico Xavier para sintetizar:


- “Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e às vezes toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.”


Frequentemente após o período carnavalesco sente-se aquela famosa Ressaca Moral e o processo de culpa instaura-se no período pós carnavalesco. Durante esse período, geram-se muitos processos obsessivos, muitos compromissos espirituais são criados e às vezes, desatenções de 4 dias, levam uma encarnação inteira para serem quitados.


Falando de quaresma, dada a vibratória da crosta terrestre, dado o ambiente propicio que se gera durante o período carnavalesco, milhões de espíritos trevosos que estavam contidos ou até mesmo presos no baixo astral, são liberados, numa espécie de indulto. Para lidar com isso, na nossa visão, é imprescindível que as casas de Umbanda, as casas espiritas, igrejas e todas as casas de caridade em que se pratique o bem funcionem. Neste período o trabalho triplica, a necessidade do auxílio ao próximo, encarnado e desencarnado é muito elevada.


Você pode estar pensando, mas porque Oxala permite isso? Punição? Injustiça? A verdade é justamente ao contrário. Primeiro porque existem leis universais que nem mesmo Jesus pode mudar, na lei de afinidade e de causa e efeito, estamos colhendo o que plantamos e por outro lado, no contato com os humanos e através dos trabalhadores espirituais na seara do Bem, muitos desencarnados conseguem despertar para a realidade, realidade essa é que só existe um caminho espiritual, e este é o caminho da Luz, da Caridade, do Amor!


Nos momentos que antecedem ao Carnaval muitas pessoas buscam nas casas de Umbanda, um patuá, uma proteção dos nossos compadres e comadres, buscando assim criar barreiras à influência do mal durante esse período de Carnaval. Mas como isso acontece? Somente Acendendo uma vela e carregando um Patuá estamos a salvo?


Vou relembrar aqui a recomendação de Dona Cigana:


- “É possível se aproveitar, se divertir, porém devemos nos manter com a vibração Positiva, com pensamentos formosos, não fazendo nada que poderemos nos arrepender depois.”


Com as palavras ainda de Paulo: Viver no Mundo sem ser do Mundo.


A Umbanda, através de nossos guias, nos deixa Claro: Tudo é permitido, nada é proibido, tal como Paulo nos disse: Tudo me é Lícito, mas nem tudo me convém... Umbandista pode e deve brincar o Carnaval, porém ele deve ser um período em que tudo pode? Quem chuta o Balde, depois tem que ir buscá-lo e limpar toda sujeira.


Mestre Jesus bebia vinho e participava de festas, porém ele não se embriagava, não se deixava levar pelas energias grosseiras, jamais deixaria de ser Jesus por estar neste ou naquele ambiente. Obviamente que estamos a bilhões de anos Luz da evolução de nosso mestre, por isso, devemos triplicar o “Orai e Vigiai” neste período, se sabemos que podemos falhar, cabe-nos a precaução, se sentimos o ambiente pesado e nocivo, entremos em prece buscando o auxílio dos espíritos de luz que nos cerca. Se ainda assim não se sentir bem no ambiente, retire-se. Os seus olhos e ouvidos podem te enganar, mas acredite no que você sente, a energia nunca mente


Tenho a esperança de que o Carnaval ainda há de ser um período de brincadeira sadia, tal qual os bailinhos infantis, onde as crianças se fantasiam, se divertem, dançam, interagem, porém sempre com sentimentos nobres, neste período de Carnaval.... Viva o Carnaval! Viva a Festa! Viva!


Que os nossos Guardiões nos afastem do mal que trazemos pra nós mesmos, Laroyê Bombogira , Mojuba Exu!


Muita Paz! Muito Axé!




Glauco Garcia - AxéNews

Glauco Garcia

Glauco Garcia - Nascido em familia fundadora do Centro Espirita Caminheiros do Alem (CECA-RJ) , tem a presença mediunica em toda sua familia desde que nasceu. Conheceu a Umbanda e é medium do Centro de Umbanda Caminhos de Aruanda (CUCA-RJ) desde 2014... [+ informações de Glauco Garcia]


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