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Com trabalhos de 12 artistas, a Exposição “Caminho” encerra a 5ª edição da residência formativa ELÃ

A mostra teve abertura no mês passado e fica até o dia 26 de janeiro no MUHCAB


Foto: Divulgação
Foto: Mêrcez @retinadoteuolhar e Thaís Valencio @thaisvalencio_

✅ 03/01/2025 | 10:32


O Observatório de Favelas, em parceria com a Produtora Automatica, através do Galpão Bela Maré, informam a inauguração de "Caminho". A inauguração é o fruto do mais recente ciclo da ELÃ – Escola Livre de Artes, programa artístico-pedagógico que desde 2019 oferece uma residência formativa para artistas de favelas e periferias.



Pela primeira vez, em 2024, a formação aconteceu em diversos espaços parceiros devido a

reformas no Bela Maré. O programa de residência proporcionou encontros presenciais com

interlocução de artistas, curadores, educadores e outros agentes culturais, culminando em

uma exposição que abre um espaço para a reflexão das práticas artísticas dos participantes.


A mostra "Caminho" reúne os trabalhos de 12 artistas, residentes da ELÃ, que exploram

temas como ancestralidade, identidade, resistência e as múltiplas dimensões de seus

caminhos pessoais e profissionais. Curada por Ana V. Lopes e Jean Carlos Azuos, a

exposição oferece uma rica diversidade de linguagens e práticas, desde esculturas e

instalações a videoperformances e pinturas.


Como afirma a coordenadora pedagógica da ELÃ, Natália Nichols, "Este ano, escolhemos

celebrar as trajetórias pessoais por meio do tema 'Caminho', convidando os artistas a

refletirem sobre seus percursos afetivos, poéticos e políticos."


Entre os destaques da exposição, estão artistas que exploram diferentes linguagens e

temas, com obras que refletem a resistência cultural e a busca por identidades. Thanis

Parajara apresenta a instalação Metamorfose espiralar (2024), que conecta fotografia em

tecido e sementes, investigando a valorização e a resistência cultural indígena. Thaina Iná

traz a videoperformance Ponta solta (2024), uma fusão de dança e espiritualidade,

explorando o corpo como espaço de resistência.


A mostra conta também com obras de Tauã Reis, com a escultura Sete chaves para sete

portais (2024), mergulha nas memórias e cosmologias afrodiaspóricas. Madah Sodré, em

FEMME QUEEN FACE (2024), reflete sobre identidade e ancestralidade travesti por meio

de performances e moda. Fava da Silva, com as obras Meu umbigo está enterrado aqui

(2024) e Para meu espanto já não era noite (2024), aborda questões sociais e políticas a

partir de uma perspectiva pessoal e comunitária. Por fim, Albarte apresenta a série Perigo

(2024), utilizando a pintura para discutir as barreiras e limites impostos às periferias e

corpos negros, ressaltando o racismo e a marginalização.


A exposição resultante da edição de 2024 da ELÃ - Escola Livre de Artes foi inaugurada

no MUHCAB - Museu da História e da Cultura Afro-brasileira, na Rua Pedro Ernesto, 80 -

Gamboa, Rio de Janeiro. A abertura ocorrereu no dia 7 de dezembro, e a mostra

ficará em exibição até 26 de janeiro de 2025.


Este evento oferece uma oportunidade única de conferir as produções de artistas,

explorando temas de resistência cultural, identidade e questões sociais, por meio de diversas linguagens artísticas.


Sobre a ELÃ - Escola Livre de Artes:

Iniciada em 2019, a ELÃ - Escola Livre de Artes é um vivência artístico-pedagógica para

artistas oriundas/es/os de favelas e periferias. O programa de residência-formativa conta

com encontros presenciais mediados por pessoas artistas, curadoras, educadoras entre

outras agentes do campo da arte e da cultura. Ao final dos encontros, os resultados do

processo constituem uma exposição que ficará aberta ao público.


Sobre o Galpão Bela Maré

O Galpão Bela Maré, projeto do Observatório de Favelas realizado em parceria com a

Automática, é um espaço voltado à difusão, produção, mobilização, formação e fruição das

artes e das expressões culturais através de suas mais variadas manifestações, visando,

sobretudo, a articular a produção artística periférica com o circuito da arte contemporânea

no Rio de Janeiro. Inaugurado em 2011, consolidou-se como um espaço de referência na

cidade para o debate do papel político da arte, especialmente no contexto das periferias.


Sobre o Observatório de Favelas

O Observatório de Favelas, criado em 2001, é uma organização da sociedade civil sediada

no Conjunto de Favelas da Maré, com atuação nacional. Dedica-se à produção de

conhecimento e metodologias visando incidir em políticas públicas sobre as favelas e

promover o direito à cidade. Fundado por pesquisadores e profissionais oriundos de

espaços populares, tem como missão construir experiências que contribuam para a

superação das desigualdades e o fortalecimento da democracia a partir da afirmação das

favelas e periferias como territórios de potências e direitos. Atualmente, desenvolve

programas e projetos em cinco áreas: Arte e Território, Comunicação, Direito à Vida e

Segurança Pública, Educação e Políticas Urbanas.


Serviço:

Exposição: Caminho

Onde: MUHCAB - Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira - Rua Pedro Ernesto, 80 -

Gamboa, Rio de Janeiro

Horário: Terça-feira a domingo, das 10h às 17h

Abertura: 07 de dezembro de 2024

Encerramento: 26 de janeiro de 2025.



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