Escolas desfilam na Sapucaí na sexta e no sábado de carnaval
16/02/2023 | 10:51
O carnaval praticamente chegou, e as agremiações da Série Ouro estão prontas para desfilar nos dias 17 e 18 de fevereiro, na Marquês de Sapucaí. Algumas desses escolas vão celebrar as religiões de matrizes africanas, além de reforçar as mensagens de combate a intolerância religiosa.
É o caso da Unidos da Ponte. A escola da Baixada Fluminense irá abordar a saga contra o racismo religioso de uma das mais importantes yalorixás do Brasil: Mãe Meninazinha de Oxum. O enredo celebra também a ligação da mãe de santo com a cidade de São João do Meriti, sede da agremiação.
A Unidos de Bangu vai levar para a avenida o enredo 'Aganjú, a visão do fogo, a voz do trovão no Reino de Oyo'. O carnavalesco Robson Goulart vai contar a história do quinto alafim (rei) no Império de Oyó, filho de Ajacá, neto de Oraniã e sobrinho de Xangô. Representação máxima do poder de Olurum.
No Brasil, o orixá carrega algumas características de Xangô e representa tudo que é explosivo, que não tem controle — ele é a personificação dos vulcões.
Outra agremiação que também desfilará com muito axé é a Império da Tijuca. Os carnavalescos Júnior Pernambucano e Ricardo Hessez desenvolveram um enredo sobre o universo religioso afro-brasileiro, baseado nas obras do pintor e escultor Carybé, com o título 'Cores do axé'. Para a tradição nagô-iorubá, o axé é a energia vital que está presente no universo desde sua criação. E com maestria, dentre ritos e celebrações do terreiro, festas e aglomerações das ruas, vários momentos repletos de energia (axé) ganharam contorno nas obras do artista.
🔻 Este conteúdo gerou valor para você?
Apoie o nosso jornalismo livre, independente e de qualidade.
Com sua contribuição, você nos ajuda a fortalecer nossa plataforma que é totalmente comprometida com as nossas comunidades de terreiro.
Comentários