Por: Jefferson Arouche
13/01/2024 | 18:52
O passado foi repleto de cores e conexões linguísticas beirando os rios Cuanza, Bengo e Baixa de Cassange. O sangue do povo Banto veio escorrendo nos navios negreiros e preencheu a cultura brasileira, como uma flor que nasceu no solo seco.
A escravidão covarde criou o “Kilombo” que etimologicamente descende do quimbundo, a linguagem dos ambundos, mantendo um pedaço do Reino de Dongo nas artérias do Brasil. O primogênito refúgio brasileiro de luta, nasceu em 1597 em princípio, e fez ecoar as diversas vozes que labutam até os dias atuais. Palmares! O pai da liberdade do povo preto e de Matriz Africana.
O Quilombo abrasileirado merece ser escrito com letra maiúscula pelo valor essencial que representa à nação brasileira, filha do povo Banto. Célula social reconhecida e protegida pela Lei de Igualdade Racial sob o artigo 30, que determina o reconhecimento dos territórios quilombolas com ratificação de títulos pelo Estado brasileiro. Mas os povos choram na escravidão contemporânea e suas “frações de estado”, e a única saída para aliviar as dores da violência religiosa que estão catuladas nos corações macumbeiros, é a manutenção do solo sagrado do Quilombo que é meu e seu!
Um barco remando contra a maré
Jefferson Arouche
Jefferson Arouche é graduado em Segurança Pública, Doutor H.C Febraica/OCB, Líder Cidades RenovaBR, e Coordenador Intra e Inter-religioso do Afro-Movimente. [+ informações de Jefferson Arouche]
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