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Mediunidade de umbanda e deficientes físicos

Por: Mauro Simões

16/01/2023 | 18:39


Você já se perguntou porque não vê (ou raramente vê), deficientes físicos trabalhando nos terreiros?

Deficientes físicos por acaso estariam fora da condição de ser médium?

Nunca  vi uma discussão séria  a respeito disso.

Um Caboclo não poderia incorporar num cadeirante?

Um Exu não poderia trabalhar num médium sem um braço?

Uma bombogira não trabalharia em um Médium com perna curta?

Enfim, poderia desfilar diversos exemplos sobre o tema. A questão nirvana disso está no PRECONCEITO. Preconceito esse que fecha as portas como tudo mais as pessoas diferentes na sociedade; logo vejo como motivo real, a hipocrisia no meio umbandista de "abarcamento" de todos.



Alguns iram dizer que as limitações físicas seria contraditório com os preceitos do culto, como a primária ideia que só há Incorporação se estiver o Médium com os pés descalços no chão; isso além de fantasioso, mostra que não conhecem o mecanismo mediúnico de Incorporação.


Outros diriam: "como o Caboclo iria empurrar a cadeira de rodas na gira?", com as mãos do Médium é Óbvio e simples, ou você ainda tem a mentalidade tacanha que os Guias de Umbanda "desconhecem" nossa dimensão e seus mecanismos materiais?


Gente, não há nenhum impedimento de uma pessoa com deficiente física ser Médium de umbanda, a não ser o Preconceito e conceitos errados a respeito do mesmo. Incorporação do Médium umbandista é mental. Sendo assim, a única coisa que impediria uma Incorporação plena seriam deficiência mental. Contudo, há que se lembrar que há Médium perfeitamente no seu físico,  mas são moralmente inadequados para estarem nas fileiras umbandista.


O Diferente não pode ser excluído das fileiras dos terreiros de umbanda. Recebam as pessoas diferentes nos templos não como deficientes, mas como tão somente limitados como todos nós somos em algum momento. Façamos da Umbanda uma religião acolhedora DE FATO E DE VERDADE. Não criem impedimentos com desculpas construídas através da segregação do "perfeito" e o "imperfeito".


A umbanda é sim uma religião para todos de boa vontade e verdade no coração. No mais, é só falácia.

Eu não Julgo

Eu ajudo

Eu sou Umbanda.



Átila Nunes - AxéNews

Mauro Simões

Ateu convicto a Zelador de Umbanda. Iniciado na Tenda Espírita Mirim.

Zelador há 25 anos. Dirigente do Terreiro de Umbanda Escola da Vida, em Sepetiba, RJ.

Nascido no Rio de Janeiro em 1959.



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