Por: Vodúngán Kelly de Oyá
22/11/2023 | 18:11
Ori é uma palavra yorubá que significa cabeça, é um orisá independente individual de cada um, não está ligado a nenhum orisá e está presente em nossas vidas desde antes do nascimento, quando nascemos e ao morremos.
Existe 2 tipos de ori, o ori bom chamado de ori rere e o ori mal chamado de ori buruku, esse precisando de muito mais cuidado para não atrapalhar a sua vida e a do próximo.
Devemos cultuar ori sempre, seja para nos sentirmos mais fortalecidos, seja para nos livrar dos perigos, para nos guiar na tomada de decisões e no nosso convívio diário sendo no trabalho ou no pessoal, nós somos aquilo que pensamos, como nos sentimos e aquilo que fazemos.
Antes de cultuar qualquer orisá devemos primeiro cultuar ori pois se a cabeça não tiver em equilibrio nada flui como deve acontecer.
Devemos entender que o orisá é cultuado, evocado para estar em você o ori permanece o tempo todo com você, é preciso entender que esses 2 cultos ori e orisá se complementam.
Ao dormir seu ori entra em modo de descanso como hibernação e é importante ao acordar que é quando ele fica ativo, você saudar a cabeça para despertá-lo para prosseguir o seu dia com muitas bênçãos, força e determinação em sua vida lhe ajudando a seguir seu caminho e cumprir o seu destino , é importante ressaltar que ao fazer isso você não tem transe de orisá.
Atualmente nos dias de hoje com o alto índice de violência e pós pandemia covid-19 é muito comum doenças de fundo emocional e psicológico como depressão, síndrome do pânico, insônias , angústias e medos e também maior a necessidade de se cultuar ori , devendo ser cultuado seu orí-inú ( cabeça interior , a parte da energia pura, relacionado ao caráter, essa é a parte imortal do ori é ela quem retorna ao Òrún após a nossa morte material ) e orí-òde ( cabeça física, a cabeça de fora, onde estão todas as características físicas ) .
Saudação de ori: Ori Uuuuh ( para que a cabeça cresça , se fortaleça.)
Ori pèlé o - ori eu te saúdo.
Vodúngán Kelly de Oyá
Sacerdotisa de candomblé , dirigente do Àse Xwé Réwà S'ojú L'osún, fundado em 04/12/1993, localizado no bairro de Bangú, Rio de Janeiro. Escritora com 2 livros publicados: 'Oloyá's Do amor por Oyá à confraria' e 'As Guardiãs Histórias de pombogiras' [+ informações de Vodúngán Kelly de Oyá]
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