Por: Iyalorisá Glauciele T’Osun
25/07/2024 | 10:07
A perspectiva de uma mulher preta e de axé é rica e multifacetada, entrelaçando a
herança cultural, a espiritualidade e a luta por reconhecimento. A mulher preta
carrega em sua história a força de suas ancestrais, que enfrentaram desafios
inimagináveis e, ainda assim, conseguiram preservar suas tradições e valores.
No contexto do axé, que é uma energia vital presente nas culturas afro-brasileiras,
essa mulher se vê como um canal de força e sabedoria. O axé é uma expressão do
poder da vida, da natureza e da espiritualidade, e a mulher preta, muitas vezes,
desempenha um papel central na manutenção e transmissão desse
conhecimento. Seja através das danças, das músicas, das festas ou das práticas
religiosas, ela é uma guardiã da cultura, integrando sua identidade a cada
movimento e a cada canto.
Entretanto, essa perspectiva também é marcada por desafios. O racismo, o
machismo e a desigualdade social são barreiras que muitas vezes tentam
silenciar suas vozes e apagar suas histórias. Contudo, a mulher preta de axé
resiste e se reinventa, utilizando sua arte e sua espiritualidade como formas de
afirmação e protesto. Ela celebra a vida, a alegria e a comunidade, mostrando que,
apesar das adversidades, é possível encontrar força na união e na ancestralidade.
Assim, a perspectiva de uma mulher preta e de axé é uma celebração da vida,
uma resistência poderosa e um convite à reflexão sobre a importância de valorizar
e respeitar a diversidade cultural e as vozes que dela emergem. É um lembrete de
que a luta por igualdade e justiça é uma jornada coletiva, onde cada passo dado é
uma afirmação de identidade e pertencimento.
Enfim, participar e apoiar toda iniciativa que promove a conscientização sobre a
importância da equidade Racial e de gênero é fundamental para a construção de
uma cidade mais justa e igualitária reforçando a resiliência da mulher negra.
Somos tia Ciata, Tereza de Benguela, Nzinga, Angela Davis, Antonieta de Barros,
Carolina Maria de Jesus, Mãe Menininha, Mãe Beata, Mãe Edelzuita, Conceição
Evaristo, Helena Teodoro, Mariele Franco, Benedita da Silva, Renata de Souza,
Eunice Pereira, Maria de Lourdes Pereira, Jorgina Evaristo, Mãe Glória, Mam’etu
Oyadeci, Albertina Maria Rosa da Conceição, Maria da Glória, Dulcinéa da Glória,
Sirlei Regina e simplesmente Glauciele Maria, a Iya Glauciele T’Osun.
“Que nossa ancestralidade continue a nos guiar, fortalecendo nossas raízes e nos
inspirando a preservar as tradições e valores que nos conectam ao passado.!”
Feliz 25/07 – dia da Mulher Negra Latino – Americana e Caribenha!
Iyalorisá Glauciele T’Osun
Glauciele Maria, carioca, caçula de 03 irmãos, nascida em berço católico de rezadeiras que tinham como tradição as ladainhas e festejos de reis. 1° incorporação, ainda criança, com o Cacique Pena Branca da Jurema em um quartinho, familiar, de consultas de Umbanda, pelas mãos do Preto Velho Pai Joaquim de Angola... [+ informações de Iyalorisá Glauciele T’Osun]
Rede Social de Iyalorisá Glauciele T’Osun:
Telefone: 21 99680-4780
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