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Iyá Glauciele T'Osun fala sobre o episódio de racismo ocorrido durante o Seminário do Observatório Mãe Beata

Segundo relatos, as ofensas ocorreram por volta do meio-dia de ontem


Foto: Divulgação

✅ 08/12/2024 | 11:25


Uma mulher foi conduzida à 16ª DP (Barra da Tijuca) após ser acusada de cometer discriminação religiosa em um hotel na Barra da Tijuca, que, neste final de semana, sedia o seminário do Observatório Mãe Beata de Iemanjá. O evento é dedicado à discussão e formulação de políticas públicas voltadas ao enfrentamento da intolerância religiosa.



De acordo com relatos de participantes do evento, a mulher teria ido ao saguão do hotel e proferido insultos direcionados às vestimentas dos participantes, praticantes de religiões de matriz africana. Testemunhas relataram que ela gritou frases ofensivas, como "este lugar está cheio de pessoas horríveis com essas roupas, gordas e feias".


Iyá Glauciele T'Osun, uma das responsáveis pela organização do seminário, compareceu à delegacia para registrar o boletim de ocorrência. Ao AxéNews, ela falou sobre o triste episódio:


  • Ontem 07/12/2024, no 2° dia do Seminário Observatório Mãe Beata de Iemanjá, ao qual sou uma das organizadoras tivemos o 1° caso de Intolerância Religiosa com prisão. Rogo para que Iyá mi Osun continue nos fortalecendo a cada dia e que continue me dando discernimento em qualquer situação.


    É importante reafirmar que estar na porta da 16°DP representando o Coletivo Mulheres de Axé do Brasil e todas as pessoas que estão no Seminário, que lutam em prol do mesmo objetivo, foi a prova de quanto Somos e Precisamos Ser Resistentes, ainda que nos entristece, pois como ouvimos em um dos depoimentos: "Ninguém derruba quem teve que se refazer inúmeras vezes!". Somente nós sabemos quem somos e o que passamos. Modupé a toda Ancestralidade por nunca me desamparar ainda que eu me despedace!


Ainda segundo relatos de participantes, as ofensas ocorreram por volta do meio-dia, enquanto no auditório do hotel acontecia um painel sobre o papel das instituições judiciais no combate à intolerância religiosa. Entre as palestrantes estava a defensora pública da União, Natália Von Rondow, que foi chamada pela organização para intervir e acionou a Polícia Militar.


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